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PALHAƇO CAREQUINHA

  • Foto do escritor: danielericco
    danielericco
  • 27 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de mar. de 2023



O nome de Carequinha era George Savalla. Natural da cidade de Rio Bonito, no Rio de Janeiro, nasceu em 18 de julho de 1915 e morava em São Gonçalo, também no estado do Rio. Ele iniciou sua carreira com cinco anos de idade. Família circense - seus pais eram os trapezistas Elisa Savalla, pertencente à segunda geração da família Savalla, de origem peruana e LÔzaro Gomes (George literalmente nasceu no Circo, pois sua mãe grÔvida estava fazendo performance de trapézio quando entrou em trabalho de parto em pleno picadeiro). Atuou em diversos circos nacionais e internacionais. Aos 12 anos era o palhaço oficial do Circo Ocidental, pertencente ao seu padrasto.

Em 1938 estreou como cantor na RÔdio Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro, no programa Picolino. Na TV Tupi do Rio, comandou por 16 anos o "Circo Bombril", que passou a se chamar "Circo do Carequinha". Mas não ficava só no Rio. Fez programas na TV Piratini, de Porto Alegre, que ligava com vÔrias apresentações ao vivo, por cidades do interior do Rio Grande do Sul, indo a Caxias, São Leopoldo, Uruguaiana e até Riviera, no Uruguai. Na capital gaúcha aparecia também na TV Gaúcha. E apareceu ainda na Festa da Uva, em 1972, programa em cores. Seu circo também fez a mesma coisa no estado do ParanÔ.

Na década de 80, foi para a TV Manchete, onde a assessora de seu programa era Marlene Mattos, que também jÔ assessorava Xuxa, no mesmo canal. Carequinha inventou brincadeiras com as crianças, que iam todas aos seus programas, e lÔ brincavam de corrida de saco, corrida com a maçã, etc. Como era cantor, gravou muitas musiquinhas infantis. Gravou 26 discos, fez diversos filmes, e teve sua marca impressa em inúmeros produtos infantis. As músicas que mais se destacaram foram: "Sapo Cururu", "Marcha Soldado", "Escravos de Jó" e principalmente "O Bom Menino". Este era um incentivo ao bom comportamento infantil, pois dizia: "O bom menino não faz xixi na cama / O bom menino não faz mal criação / O bom menino respeita os mais velhos / O bom menino não bate na irmãzinha / Papai do Céu protege o bom menino / Que obedece sempre, sempre a mamãezinha". E assim por diante.

Carequinha foi recebido por GetĆŗlio Vargas, Juscelino Kubitschek, JoĆ£o Goulart, todos os presidentes militares e atĆ© por Fernando Henrique Cardoso. Seu Ćŗltimo trabalho foi uma participação no seriado "Hoje Ć© Dia de Maria", em 2005, na Rede Globo de TelevisĆ£o. Aos noventa anos, em 5 de abril de 2006, morreu em sua casa em SĆ£o GonƧalo, no estado do Rio de Janeiro. Durante a madrugada, ele queixou-se de falta de ar e dores no peito, e morreu antes de receber atendimento mĆ©dico. Foi sepultado no dia seguinte, no cemitĆ©rio de SĆ£o Miguel, na mesma cidade. Foi enterrado com seu terno colorido, com o qual sempre se apresentava em seus espetĆ”culos. pois segundo ele próprio, queria ir assim, para alegrar os mortos. O local tem grande valor simbólico, pois neste cemitĆ©rio estĆ£o a maior parte das 503 vĆ­timas da tragĆ©dia do Gran Circus Norte-Americano. Ele Ć© considerado por todos como patrimĆ“nio da cultura brasileira. Ɖ figura inesquecĆ­vel de todos aqueles que o viram um dia.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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