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MUSEU HISTÓRICO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO - A ANTIGA CHÁCARA DO MARQUÊS DE SÃO VICENTE






O Parque Natural Municipal da Cidade, popularmente conhecido por Parque da Cidade ou Parque da Gávea está localizado na Estrada Santa Marinha, número 505 na zona sul do Rio de Janeiro, bairro da Gávea. Um dos parques urbanos cariocas, o Parque da Cidade faz fronteira com o Parque Nacional da Tijuca ao norte e oeste e a nordeste com o Jardim Botânico, Horto Florestal e ao sul com propriedades particulares da Gávea, bem como a Reserva Florestal Vista Chinesa compondo uma grande área de proteção ambiental. Possui uma extensão de 46,78 ha, sendo 3,1321 ha na Gávea e 43,6482 ha no Alto da Boa Vista, estando sobre tutela da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMAC, de modo a constituir uma Unidade de Conservação Ambiental do Município.

O Parque faz parte da Fundação Parques e Jardins e é utilizado pelo público para a realização de piqueniques, caminhadas, cooper e trilhas que levam os visitantes à Vista Chinesa e ao Jardim Botânico que permite uma visão panorâmica da zona sul da cidade. O Parque é cortado por seis córregos, sendo um deles o Rio Rainha, que deságua na Avenida Visconde de Albuquerque. Alguns destes córregos alimentam a bacia da Lagoa Rodrigo de Freitas e algumas de suas trilhas eram utilizadas pelos escravos para o escoamento da produção de café oriundas das diversas fazendas da região Na floresta nativa do Parque, são encontrados o pau-ferro (Libidibia ferrea), o pau-brasil (Caesalpinia echinata), o ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha) e a quaresmeira (Tibouchina granulosa), entre outros. Nos jardins, estão representadas muitas espécies que não pertencem à Mata Atlântica fluminense, como o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), o pândano (Pandanus sp.) e o pau-mulato (Calycophyllum spruceanum). Entre os mamíferos encontrados na mata do Parque, estão o gambá (Didelphis aurita), o caxinguelê (Sciurus aestuans) e o macaco-prego (Cebus apella). Entre as aves, estão espécies ameaçadas de extinção no município, como o tucano-de-bico-preto (Ramphastos vetellinus), o gavião-pombo-pequeno (Leucopternis lacernulata) e a araponga (Procnias nudicollis), a maitaca-verde (Pionus maximiliani) e o sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris). Ali também se encontra a borboleta-azul (Morpho achilles), jararacas (Bothropoides jararaca) e teiús (Tupinambis merianae), entre várias outras espécies animais.







A história do Parque da Cidade remonta ao século XVI, quando Manuel Bento adquiriu as terras que hoje compõem o parque, sendo no século seguinte adquirida pela família Francisco Rodrigues Ferreira afim de implantar uma chácara no local, destinada ao plantio do café, tendo recebido o nome de “Morro do Queimado”, em alusão a prática agrícola da época. Em 1741, Dona Catarina de Sena tornou-se proprietária e mandou construir um palacete que passou a ser conhecido por “Chácara da Madeira”. Em 1809 o local foi integrado às terras do jurista e diplomata do Governo Imperial, José Antônio Pimenta Bueno, o Marquês de São Vicente, passando o lugar a servir como sua residência de verão. Após sua morte foi vendida à Antônio Teixeira, Conde de Santa Marinha em 1887 que ergueu a Capela de São João Batista. A propriedade passou pelas mãos de João Rodrigues Teixeira e de João Vieira da Silva Borges até chegar às mãos da família Guinle que modificou totalmente a área, dando-lhe sua forma atual. Em 1939, Guilherme Guinle vendeu a casa com os objetos de arte à Prefeitura do Distrito Federal.

A casa é hoje sede do o Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro (MHCRJ).Há uma exposição fixa no local que reúne, desde estandartes do século XIX, fotografias de Debret e gravuras de Thomas Ender, até os planos para a abertura da Av. Central e objetos do dia-a-dia dos habitantes do Rio de Janeiro.

Atualmente, o Museu possui um acervo de aproximadamente 24 mil peças, entre as quais estão as coleções:

Fotográfica: 6.500 imagens mostrando diversos aspectos, períodos e personalidades, com destaque para as fotografias de Augusto Malta.

Marc Ferrez: conhecido por seu talento em registrar paisagens da cidade do Rio de Janeiro, sua característica inovadora fez dele precursor de diferentes técnicas fotográficas. Saiba mais sobre a coleção.

Aquarelas: de Thomas Ender e Adalberto da Prússia, retratando o Rio de Janeiro do início do século XIX.

Gravuras e litogravuras: imagens da cidade nos períodos colonial e imperial, com ênfase para as de autoria de Maria Graham, Eugène Cicéri, Friedrich Hagedorn, Debret e Rugendas.

Estandartes do século XIX: tem como destaque o Estandarte do Senado da Câmara, utilizado na recepção da família real portuguesa em 1808. Saiba mais sobre a coleção de estandartes

Coleção Guilherme Guinle: constituida por objetos de arte decorativa que pertenceram ao último proprietário do imóvel.










Endereço:

Estrada Santa Marinha, s/nº, acesso pelo final da Rua Marquês de São Vicente, Gávea – Rio de Janeiro/RJ



(21) 9 7532 4428 (21) 3443 - 6341


Horário de visitação do MHCRJ:

De quinta a domingo, de 9h às 16h. O ingresso ao museu é gratuito.


Horário de visitação do Parque:

Aberto todos os dias das 8h às 17h, exceto às segundas-feiras, quando o ocorre manutenção.

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